Nesta terça-feira (13), a equipe de fiscalização do Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO-PE) esteve no Hospital Regional Prof. Agamenon Magalhães (HOSPAM), ocasião na qual realizou a Interdição Ética do serviço de Odontologia do local.
A citada equipe esteve no Hospam Regional Professor Agemenon Magalhães, (HOSPAM) em 09/06/2021, momento em que constatou diversas irregularidades, sendo dado um prazo para que o órgão pudesse sanar as mesmas. No entanto, ao retornar ao local, ficou constatado que nada foi corrigido.



O setor interditado está voltado exclusivamente à realização de atendimentos de urgências odontológicas, cujas irregularidades encontradas, dentre outras, comprometem consideravelmente a execução de tais procedimentos. São elas:
- Quantidade e opções limitadas de anestésicos (não se encontrou, por exemplo, anestésicos com vasoconstritor não adrenérgicos, indicados para pacientes acometidos de diabetes e hipertensão);
- Ausência de insumos básicos, como tricresol, eugenol e otosporin;
- Falta de revelador e fixador radiográficos para produção de raios-x dentários;
- Inexistência de peças de mão (motorzinhos);
- Quantidade insuficiente de espelhos clínicos (apenas dois, os quais de tamanho infantil e em péssimo estado para uso);
- Compressor com defeito e sem funcionar (tal aparelho é responsável por movimentar equipamentos fundamentais da cadeira odontológica.


“Além disso, observou-se grave infração a Resolução CRO-PE n. 03/2014, que defende que os serviços odontológicos de urgências devem funcionar com essencial participação de profissionais Auxiliares ou Técnicos em Saúde Bucal (parágrafo único, Art. 1), haja vista que o número de plantões dos mesmos no mês foi reduzido significativamente, de 30 para 13 plantões, deixando os profissionais cirurgiões-dentistas descobertos durante à noite e nos fins de semana. A profissão dos Auxiliares e Técnicos em Saúde Bucal é regulamentada pela Lei n. 11.889/2008, os quais são imprescindível na otimização e segurança da assistência prestada.”, disse a Assessoria.


Diante de todo cenário, optou-se pela Interdição Ética da sala clínica odontológica, por entender que as condições de trabalho não se encontravam dignas e seguras para os profissionais e pacientes, informou o CRO-PE.
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