Uma operação realizada pelos Técnicos do Setor de Gestão em fauna, da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), apreendeu 385 animais silvestres nas cidades de Caruaru, no Agreste Pernambucano, e Araripina, no Sertão.
Desse total, 340 são de filhotes de papagaios-do-mangue (180), papagaios-verdadeiros (154), araras vermelhas (03) e maritacas (03), além de um jabuti e 44 pássaros de diversas espécies, entre elas, papa-capim, azulão, golinho, bigode, canário da terra, mané-mago, caboclinho, galo de Campina, sabiá laranjeira, craúna, cravina, fim-fim. A ação foi realizada com apoio do 4º Batalhão de Polícia Militar.
Os filhotes de papagaios, araras e maritacas, vítimas do tráfico de animais silvestres, estavam sendo transportados do município de Balsas, estado do Maranhão, para a feira de Caruaru.
Os animais foram apreendidos pela Polícia Militar e registrados pela polícia civil. Inicialmente, os animais receberam os primeiros cuidados do pessoal da Patrulha Ambiental Itinerante de Araripina, no município de Ouricuri. Em seguida, levados para Araripina onde foram resgatados pela equipe da CPRH.
Do total de filhotes de papagaios apreendidos, 60 chegaram machucados ao Cetas Tangara e 30 morreram por conta dos maus-tratos causados pelo transporte clandestino em gaiolas inadequadas. Os demais estão internados na clínica do Cetas.
Segundo a chefe do setor de Fiscalização da Fauna, Joice Brito, foram emitidos com cinco autos de infração, com penalidades de advertência por escrito para os criadores de passeriformes moradores do município de Caruaru que entregaram os animais de forma voluntária.
De acordo com o gerente da Unidade de Fauna Silvestre, Iran Vasconcelos, essa foi a maior apreensão de papagaios que chegou ao Cetas Tangara. Ele disse, também, que os responsáveis serão penalizados com autos de infração que podem chegar até R$ 1,2 milhão, pelos maus tratos dos animais.
“O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior tráfico do mundo, perdendo apenas para armas e drogas. Nestes períodos de nidificação, se faz necessário aumentar as fiscalizações e trabalhos de educação ambiental”, frisou.
Vasconcelos fez, ainda, um alerta à população no sentido de combater o tráfico de animais. “Apelamos à sociedade para que não adquira animais com essa origem, pois assim alimenta o tráfico e põe em risco nossa tão devastada biodiversidade”, pontuou.
Os animais que chegaram ao Cetas Tangara estão recebendo os cuidados de veterinários e biólogos, os filhotes, em especial, quando crescerem e estiverem completamente reabilitados, serão devolvidos à natureza.
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