Nesta sexta-feira (16), o procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou ofício aos 27 governadores brasileiros cobrando esclarecimentos sobre o ritmo de vacinação contra a Covid-19 no país. Segundo as informações do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19, há uma discrepância entre o número de doses enviadas aos Estados, que são 48 milhões, e o número de vacinas efetivamente utilizadas, de 32 milhões.
Além disso, o PGR também estabelece prazo de 10 dias para que os governadores respondam ao que chamou de “questionamento sobre o motivo da lentidão na vacinação”. Os dados sobre os números de imunizantes distribuídos e aplicados foram coletados pelo Ministério da Saúde.

No Estado do Ceará, por exemplo, a PGR afirma que mais de 560 mil doses entregues ainda não foram aplicadas na população. Entre os fatores que contribuem para a discrepância nos números, estão as reservas para segunda aplicação. A maioria das vacinas contra Covid-19, incluindo as duas atualmente usadas no Brasil — CoronaVac e AstraZeneca— requerem a aplicação de duas doses para que a imunização seja efetiva.
A Jovem Pan informou que, apesar de uma recomendação recente do Ministério da Saúde para que Estados e municípios distribuíssem todas as doses de vacina recebidas, o Fórum de Governadores decidiu manter o pedido para que os gestores locais continuem guardando imunizantes para a segunda dose.




