Um professor de física da Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Alfredo de Carvalho, na cidade Triunfo, no Sertão pernambucano, resolveu criar um robô para ajudar os alunos e funcionários da escola contra o coronavírus.
O professor Paulo César Simões desenvolveu o ‘RAC-19’, um robô capaz de higienizar as mãos de qualquer pessoa sem nenhum contato.

Para o funcionamento, o indivíduo precisa se aproximar a uma distância de 25 centímetros do robô. Automaticamente, ele lança um jato de álcool nas mãos.
O RAC-19 foi colocado no refeitório da escola este mês para incentivar os alunos e funcionários a higienizar as mãos antes das refeições. A bateria do equipamento possui uma duração média de 2 mil disparos de jato de álcool. A escola conta com 435 alunos.
A ideia do professor levou pouco mais de um mês para ser desenvolvida. “Tive a ideia no ano passado, mas, com as restrições, não consegui fazer. Após o retorno das aulas presenciais, desenvolvi tudo no laboratório de física da própria escola”, relatou.
De acordo com Paulo César, sensor ultrassônico, sensor de presença, entre diversas outras peças, foram utilizadas para o desenvolvimento do RAC-19.
“Não foi fácil desenvolver. Após muitas tentativas, consegui chegar no modelo ideal, em que o robô pressiona sozinho o dispenser de álcool”, revela.
O professor de física enxerga semelhança entre sua criação com as torneiras que alguns shoppings centers possuem. “A quantidade que sai é suficiente para higienizar as mãos. Além disso, ainda há uma economia de álcool. Basta o estudante ficar à frente do robô e, em apenas um segundo, o jato é disparado em suas mãos”, afirmou ele.
Como as peças usadas foram do próprio laboratório da instituição, Paulo César conta que ainda não há como estimar o custo para o desenvolvimento de um novo robô, que conta com peças de robótica Lego Mindstorms.
Além de proteger contra o vírus, Simões deseja utilizar o RAC-19 para contribuir com os conhecimentos de física e também nas aulas de física experimental dos alunos.
A ideia já está patenteada e o professor demonstrou empolgação em dar continuidade ao desenvolvimento e expansão do RAC-19.
“Meu objetivo é expandir para outras escolas. Estamos em um momento muito crítico de contágio, com variantes. Dessa forma, conseguimos proteger os estudantes e funcionários, minimizando o contágio”, concluiu Paulo César. Informações da Folha de Pernambuco





