Por Messias Amorim
É comum lembrarmos de Marvel e DC Comics quando citamos personagens de histórias em quadrinhos. Quando se trata de HQs nacionais, a Turma da Mônica, do icônico Maurício de Sousa, desponta rapidamente na nossa memória. No entanto, existem muitas outras grandes obras do Brasil, inclusive no Nordeste, ganhando espaço nesse mercado que mexe com a imaginação dos leitores. É o caso do Lâmina Selvagem, anti-herói brasileiro criado pelo quadrinista pernambucano Adriano Silva, que é natural de Bom Jardim, Agreste do estado.
Com duas edições já lançadas, o quadrinho já conta com mais de 3 mil exemplares impressos e um público que se acostumou a acompanhar a história do Lâmina Selvagem, que se passa do Rio de Janeiro, tendo a Chacina da Candelária como plano de fundo na primeira edição – um dos crimes mais bárbaros dos anos 90, destaque em todo o mundo. Na trama, uma empresa de alta tecnologia desenvolve o Protótipo Biomecânico em Humanos (P.B.H.), e de forma criminosa utiliza cobaias humanas para seus experimentos. Único sobrevivente do grupo Esquadrão Selvagem, o protagonista encara um ciborgue assassino, responsável pela morte dos seus companheiros. No volume 2, o anti-herói conta com um novo aliado, o “Matador”, para encarar o vilão “Legião”, que surgiu de rituais satânicos e que vem fazendo várias vítimas na cidade do Rio.
Wolverine, mutante das histórias da Marvel, foi uma das principais inspirações para a criação do Lâmina. Adriano, responsável pelo roteiro, não esperava que sua HQ ganhasse tanto espaço e conquistasse fãs espalhados por todo o Brasil. “É surpreendente ver como os leitores abraçaram o Lâmina Selvagem. Já fui reconhecido na rua, me mandam mensagens e o personagem caiu no gosto das pessoas que consomem HQs e esse universo de ficção. Estou animado para o lançamento da terceira edição, que vem recheada de novidades, além de muita ação e aventura”, conta Adriano. No Instagram, o perfil oficial do projeto se aproxima da marca de 10 mil seguidores. Já no Facebook, o número é maior: são quase 11 mil.
O sucesso do quadrinho não se deve apenas pela história, mas também pela qualidade do produto, que conta com nomes importantes da cena nacional. A arte de capa é de José Luís, que já fez trabalhos para a DC Comics, e a arte final é de Sandro Ribeiro, que, além da DC, também já passou pela Marvel e pela também americana Top Cow. Também já passaram pela produção Ricardo Jaime e Léo Rodrigues, nas artes, e Dijjo Lima nas cores. Todo esse conjunto faz da obra um prato cheio para os fãs de HQs, e mostra que podemos contar com ótimos produtos oriundos do nosso país, às vezes bem mais perto do que imaginávamos.
Agora, Adriano prepara a terceira edição do Lâmina Selvagem, que deve estar disponível em breve no Catarse, site de financiamento coletivo. Por lá, os interessados podem apoiar o projeto e ganhar, além do quadrinho inédito, recompensas exclusivas. No Catarse, a última edição do Lâmina foi um sucesso, e atingiu 137% da meta estipulada. Para mais informações basta entrar em contato pelo Instagram @lamina_selvagem. “Conto com o apoio de todos os fãs do Lâmina Selvagem na campanha do terceiro volume, e convido os que ainda não conhecem para embarcar nesta aventura conosco. Tudo está sendo preparado com muito carinho”, encerra Adriano Silva.
SINOPSE DA TERCEIRA EDIÇÃO
Ao perseguir um grupo de bandidos, Lâmina Selvagem cai numa emboscada e fica à mercê dos seus inimigos. Em uma ação desesperada para fugir, ele descobre uma nova maneira de usar o biomecanismo, mas isso pode lhe custar a vida.
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