Na tarde deste sábado (19), o Presidente disse: “A pressa da vacina não se justifica”. A frase foi dita por Jair Bolsonaro em entrevista gravada concedida ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
De acordo com ele: “A pandemia, realmente, está chegando ao fim. Temos uma pequena ascensão agora, que chama de pequeno repique que pode acontecer, mas a pressa da vacina não se justifica, disse Bolsonaro, ao afirmar que há uma apreensão injustificada sobre a doença que já matou mais de 180 mil brasileiros. “Você mexe com a vida das pessoas. Vão inocular algo em você. O seu sistema imunológico pode reagir ainda de forma imprevista”.
Além disso, Bolsonaro fez ilações ainda sobre “interesses” nos R$ 20 bilhões previstos para comprar as vacinas, sem dar nenhum detalhe. “Tem muita coisa ainda que está em segredo. Não quero externar aqui, porque a imprensa vai usar contra mim. Mas o interesse é muito grande nesses R$ 20 bilhões para comprar essa vacina”, declarou ao filho. “Não há guerra ou politização da minha parte. A gente espera uma vacina segura. A própria China… não temos informações de vacinação em massa por lá”, afirmou.
Segundo o Site Terra, sem citar nomes, mas claramente se referindo ao governador de São Paulo, João Dória, Bolsonaro disse que também não tem pressa de gastar os recursos. “Não tenho pressa de gastar dinheiro não. Nossa pressa é salvar vida, não é gastar não. É muito suspeita essa pressa em gastar R$ 20 bilhões em vacina”, disse.
Apesar de não haver como uma vacina ser utilizada no Brasil sem passar pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Bolsonaro disse que é preciso aguardar o aval da agência reguladora. “Você não pode, sem que passe pela Anvisa, sem que tenha certificação da Anvisa, você botar a vacina no mercado. Isso é uma irresponsabilidade. Lógico, tendo uma vacina comprovada, a gente vai comprar e vai distribuir para todo o Brasil e aquele que quiser voluntariamente se vacinar, poderá fazer.”
O presidente afirmou que o governo federal “fez mais do que sua parte” na atuação de combate à pandemia do novo coronavírus e que o Executivo “garantiu a economia e empregos”, mantendo obras mesmo com menos recursos e com a regra do teto de gastos.