Um acidente envolvendo um ônibus de turismo, que bateu contra a parede de um túnel nos Alpes suíços, matou 22 crianças e 6 adultos que voltavam de uma viagem de férias, informou a polícia nesta quarta-feira. Outros 24 estudantes foram hospitalizados, disse o porta-voz policial Jean-Marie à Associated Press. Segundo a agência Ansa da Itália foi o pior acidente rodoviário em 30 anos na Suíça. A frente do ônibus ficou totalmente destruída e pessoas ficaram presas nas ferragens. O chefe de polícia disse que o local parecia uma “cena de guerra”. O governo holandês disse mais tarde que nove crianças da Holanda estão entre as vítimas, informação que foi confirmada pelo chefe dos bombeiros de Lommel, no norte da Bélgica. As crianças holandesas estudavam na escola ‘t Stekske e duas professoras estavam no ônibus.
Não se sabe o que provocou o acidente. O motorista morreu no choque, informou a Ansa, e uma das hipóteses é que tenha dormido enquanto dirigia. O túnel tem pista dupla e é bem sinalizado. Segundo relatos, o ônibus se chocou contra uma parede do túnel. A frente do ônibus ficou completamente destruída. Socorristas tiveram que tirar crianças das ferragens e três estão gravemente feridas.
O procurador suíço Olivier Elsig, do cantão de Valais, disse em coletiva de imprensa que o acidente pode ter sido provocado por três motivos: problema mecânico no ônibus, um erro humano ou algum problema fulminante de saúde no motorista, como um ataque cardíaco que o teria feito perder o controle do veículo. Segundo ele, as primeiras respostas poderão ser dadas após a autópsia no corpo do motorista. Ele afirmou que todos usavam cinto de segurança e nenhum outro veículo foi envolvido no acidente.
O ônibus que levava 52 pessoas, dentre elas estudantes com idades ao redor dos 12 anos de duas escolas belgas, bateu contra uma parede do túnel pouco depois das 21h (horário local) de terça-feira, numa autoestrada próxima à cidade suíça de Sierre, área popular por seus locais para a prática de esqui, perto da fronteira com a Itália. Pelo menos 200 socorristas e oito helicópteros participaram do resgate e os feridos foram levados a hospitais em Sierre, Sion, Berna e Lausanne.
As autoridades ainda identificam as vítimas, disse Didier Reynders, ministro de Relações Exteriores da Bélgica. Não está claro como o acidente aconteceu, afirmou ele. “É incompreensível”, disse Reynders.
O primeiro-ministro belga Elio Di Rupo disse que se trata de “um dia extremamente triste para toda a Bélgica”. Ele viajou para a Suíça nesta quarta-feira e o governo belga providenciou aviões para levar pais e parentes das vítimas até o local. Di Rupo decretou luto nacional na Bélgica por causa do desastre.
A polícia informou que os estudantes haviam passado os últimos dias numa viagem para esquiar e que voltavam para suas casas, nas províncias belgas de Brabante, Flandres e Limbourg.
A estrada foi fechada nas duas direções para melhorar as condições do resgate. Dezenas de bombeiros e policiais, 15 médicos e três psicólogos foram convocados para ir ao local do acidente. (Da Agência Estado)