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(Gleiciere Maia Silva – Biomédica) |
Diabetes é um grupo de distúrbios metabólicos que resultam em níveis elevados de glicose no sangue (glicemia). No geral, a glicemia é mantida em taxas normais por vários mecanismos regulatórios, dentre eles a liberação de insulina pelas células do pâncreas. A insulina é um hormônio que atua no transporte da glicose para os tecidos e órgãos. A biomédica Gleiciere Maia Silva informa que o diagnóstico inicial da diabetes é feito pelos sintomas descritos do paciente ao médico, em seguida pela realização de exames laboratoriais para confirmação.
Existem no geral três tipos de diabetes: Diabetes tipo 1, Diabetes tipo 2 e Diabetes gestacional.
DIABETES tipo 1 – atinge em média 10 % dos pacientes e geralmente ocorre em jovens. Trata-se uma doença auto imune, na qual as células do pâncreas produzem pouca ou nenhum insulina.
Diabetes tipo 2 – é a mais comum, atingindo até 90 % dos casos dos pacientes com esse distúrbio. Ocorre geralmente em adultos, obesos e sedentários. O excesso de peso é o principal fator de risco para esse tipo de diabetes. Neste caso, o paciente produz insulina, entretanto a sua ação é dificultada pela obesidade.
Diabetes gestacional – surge durante a gravidez e normalmente desaparece após o parto. Este tipo de diabetes ocorre por uma resistência à ação da insulina. Os principais fatores de risco para o diabetes gestacional são o excesso de peso, gravidez tardia e o pré-diabetes.
Existem testes laboratoriais que são úteis na investigação e controle da diabetes, tornando imprescindível a realização desses exames para verificar a real situação do paciente. Os principais são: Glicose plasmática em jejum, Glicose pós-prandial, Teste de tolerância a glicose (TOTG) e Hemoglobina glicosilada.
Glicose plasmática em jejum – É a forma mais rápida e barata de se diagnosticar a diabetes. Deverá ser feita coleta sanguínea no paciente em jejum por cerca de 12 horas. Os valores desejáveis são índices entre 70 até 99mg/dl e valores acima de 126 mg/dl indicam uma suspeita de diabetes. O paciente deverá ser encaminhado ao médico e realizar exames mais específicos, dentre os quais o teste de tolerância a glicose ou curva glicêmica.
Glicose plasmática pós-prandial – É realizada coleta sanguínea 2 horas após a refeição. Geralmente após as refeições, o valor da glicose no sangue retorna ao normal dentro de duas horas, o que não ocorre em pacientes diabéticos. Nestes pacientes, o valor geralmente é superior de 200 mg/dl.
Teste oral de tolerância a glicose (TOTG) – São realizadas coletas sanguíneas seriadas para avaliar a glicose sanguínea nos tempos de 0, 30, 60, 90 e 120 minutos após a administração de 75 gramas de glicose anidra por via oral. Este teste é indicado no diagnóstico de Diabetes mellitus gestacional e em “tolerância de glicose alterada”( por exemplo, os paciente com teor de glicemia plasmática em jejum entre 110 e 126 mg/dl).
Hemoglobina glicosilada- Ao contrário dos exames anteriormente citados para o diagnóstico da diabetes, a hemoglobina glicosilada tem como função o controle dos níveis glicêmicos dos pacientes com o diagnóstico confirmado de diabetes. É extremamente útil, pois avalia o estado de glicemia nos últimos três meses, diferentemente de quando é feita a glicemia em jejum que indica o resultado das últimas horas.
A Biomédica Gleiciere Maia informa que em todos os casos de diabetes, as consequências poderão ser graves, desde obstrução dos vasos sanguíneos, cegueira á amputação de membros. Portanto, ela alerta aos leitores do blog que pessoas que tem níveis elevados de glicemia ou histórico de diabetes na família que procurem um médico e realize exames laboratoriais sempre que possível para avaliar seu nível de glicose. Em muitos casos pacientes diabéticos irão precisar de uma equipe multidisciplinar formada por oftalmologistas, nutricionistas, dentre outros. (Autora: Gleiciere Maia Silva, Biomédica, Especialista em Microbiologia e Micologia e Mestranda em Biologia de Fungos da Universidade Federal de Pernambuco)
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