A situação moveu o Ministério Público do Ceará (MP/CE), por meio da promotora de defesa da saúde pública, Isabel Porto, a exigir medidas preventivas tanto do ICC como da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) para evitar novas infecções pela bactéria. O pedido da promotora foi encaminhado na manhã desta sexta-feira (16).
A Sesa já informou que irá divulgar boletins sobre a situação nas unidades hospitalares e bem como medidas preventivas a serem tomadas nos hospitais. Já o ICC deve ainda se pronunciar sobre as medidas a serem tomadas. O pedido da promotora tem base na cobrança, por meio do MPE, sobre a aplicação das medidas preventivas nas unidades do estado.
De acordo com o ICC, os cinco pacientes suspeitos de terem contraído a superbactéria já estão isolados e recebendo tratamento para combater a infecção. O hospital também informou que não há necessidade de outros pacientes interromperem o tratamento. A unidade é a principal rede de atendimento no combate ao câncer no estado.
SUPERBATÉRIA – Em 2010, um surto da bactéria causou medo nos brasileiros. Na época o Ministério da Saúde chegou a confirmar 183 casos da infecção em estados como Paraná e São Paulo, além do Distrito Federal. O número de óbitos chegou a 24 só em São Paulo.
A bactéria conhecida como KCP (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) é um mecanismo de resistência da bactéria a um determinado grupo de antibióticos. Ao ganhar resitência, alguns destes remédios, até mesmo os mais fortes, não surgem efeito.
Os pacientes hospitalizados com imunidade baixa são o grupo de maior risco. A transmissão pode acontecer por contato direto, como toque ou o uso de objetos. Lavar as mãos com água e sabão, além do uso de álcool em gel é uma das formas de se prevenir.