A criança se comunicava em casa, mas fora do ambiente familiar seu comportamento era diferente. ”Notamos que ele não falava com as outras crianças”, afirma Jayne Dillon, a mãe da criança.
Jayne afirma ter visto um anúncio da entidade Cat’s Protection, uma entidade britânica que oferece assistência a gatos e resolveu adquirir um animal para entreter a criança.
‘Eu te amo’
Desde que ele ganhou a gata, batizada de Jessi-cat, seu comportamento mudou radicalmente. ”Ele fala com ela, diz: ‘Eu te amo, Jessy’. Ela participa de atividades com ele, está ajudando-o a ter mais autoconfiança”, afirma Jayne.
As mudanças que a gata estaria propiciando ao pequeno Lorcan não se limitam ao lazer.
”Ele agora já fala com sua professora e até lê para ela, o que é impressionante para crianças com essa condição, que raramente falam”, relata a mãe.
CONDIÇÃO – De acordo com estudos, a condição de mutismo seletivo afeta cerca de três em cada 10 mil crianças. Mas outros especialistas dizem que a condição seria mais comum do que se imagina, atingindo até sete entre mil pessoas.
O mutismo seletivo tende a ser identificado em crianças de 3 a 6 anos de idade, mas acaba só sendo diagnosticado quando os jovens começam a frequentar a escola, onde fica mais fácil identificar a condição.
Mesmo após o diagnóstico, é difícil determinar as suas causas precisas. Ele pode ser provocado por diversos fatores, como problemas auditivos, defeitos de dicção, síndrome de Asperger, traumas ou ansiedade. (BBC Brasil)