O secretário de Segurança Pública e Justiça de Goiás, João Furtado, confirmou que o suspeito da chacina em Doverlândia (GO) e mais sete pessoas morreram após a queda do helicóptero que fazia a reconstituição do crime. O acidente aconteceu na tarde desta terça-feira (8).
De acordo com a Polícia Civil, estavam na aeronave o suspeito Aparecido Souza Alves; o delegado-superintendente da Polícia Jurídica, Antônio Gonçalves Pereira dos Santos; o delegado chefe-adjunto do Grupo Aeropolicial, Bruno Rosa Carneiro; o delegado chefe do Grupo Aeropolicial, Osvalmir Carrasco Melati Júnior; o delegado titular da delegacia Estadual de Repressão à Roubo de Cargas, Jorge Moreira da Silva; o delegado titular da delegacia de Iporá, Vinicius Batista da Silva e os peritos criminais Marcel de Paula Oliveira e Fabiano de Paula Silva.
Informações iniciais apontam que o helicóptero saiu de Goiânia para Doverlândia, onde fez a reconstituição da chacina. A aeronave caiu quando voltava, em uma fazenda próxima à cidade de Piranhas, que fica a 325 km de Goiânia.
O Corpo de Bombeiros de Goiás afirmou que uma equipe já foi enviada ao local, mas a área é de difícil acesso. A corporação disse ainda que, como anoiteceu, as buscas serão feitas por terra.
A Aeronáutica afirmou que já enviou uma equipe do Seripa-6 (Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) ao local do acidente.
Revisão
O helicóptero que caiu passou por revisão nesta segunda-feira (7). Por causa dessa manutenção, a simulação do crime que estava marcada para ocorrer na segunda só pode ser retomada na manhã desta terça-feira.
A aeronave foi a mesma usada na reconstituição na última semana. O modelo do helicóptero é o chamado Koala.
O suspeito
Aparecido Souza Alves é o único suspeito que confessou ter participado da chacina que deixou sete pessoas mortas degoladas. Depois de exames no IML (Instituto Médico Legal), os profissionais concluíram que o jovem de 23 anos não tem nenhum transtorno mental.
A polícia disse acreditar que mesmo que existam contradições no depoimento de Alves, não há dúvida da participação dele no crime. O que é investigado agora é a motivação da chacina e quem são os outros participantes. O suspeito chegou a afirmar que recebeu R$ 50 mil pelas mortes. Em seguida, disse que matou por vingança.
A polícia passou a trabalhar com três hipóteses para os assassinatos. A primeira seria de que o suspeito tenha recebido R$ 50 mil para cometer o crime. A segunda seria de que ele quis matar por vingança, depois de ter sido demitido pelo dono da fazenda.
A terceira, e a mais provável na visão da delegada, seria de que um mandante propôs pagar Alves pelas mortes e ele teria aceito por estar com raiva. Todos os nomes citados pelo suspeito estão sendo investigados, mas todos negam a participação no crime. (Do R7)
11H