Da Agência O Globo
Nesta terça-feira (21), o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que não é possível interferir no preço dos combustíveis, em meio a uma frente aberta pelo governo Jair Bolsonaro e o Congresso Nacional contra a Petrobras por conta do aumento da gasolina e do diesel. O governo tenta reduzir o preço dos produtos, inclusive trocando o comando da empresa para evitar reajustes.
Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, Sachsida afirmou que os preços são uma decisão da empresa, mesmo o governo tentando tentado segurar os reajustes feitos pela Petrobras.

“Eu entendo que muitos dos senhores são cobrados pela população, porque é difícil para a população entender porque o governo não interfere no preço dos combustíveis. E aqui eu preciso ser claro: não é possível interferir no preço dos combustíveis”, afirmou Sachsida, se dirigindo aos deputados.
Ele disse que os preços não estão no controle do governo. “Não está no controle do governo. E, honestamente, preço é uma decisão da empresa, não do governo. Além disso, nós temos marcos legais que impedem a intervenção do governo numa empresa, mesmo o governo sendo acionista majoritário”, relatou.
Alvo de pressão do presidente da República e do Congresso, José Mauro Ferreira Coelho renunciou ao comando da Petrobras após 67 dias no cargo na segunda-feira.
O reajuste de 14,26% no diesel e de 5,18% na gasolina na refinaria, anunciado na última sexta-feira, fez com que as declarações contra o executivo escalassem, com um telefonema do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) ao executivo, ameaças de criação de uma CPI da Petrobras, de investigação sobre gastos e patrimônio da diretoria e de seus parentes e acusações de que era uma liderança “ilegítima”.