O nome do tenente-coronel Marinaldo de Lima e Silva, 49 anos, que se matou com um tiro na cabeça dentro do prédio da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag), na quinta-feira, estaria na lista de devedores do soldado do 11º Batalhão da Polícia Militar Joelmir Roberto Ferreira, 27, preso em março por agiotagem, após investigação da Corregedoria Geral da SDS.
Na época, com o suspeito, foi apreendido um caderno com o nome de pelo menos 600 pessoas a quem ele havia emprestado dinheiro a juros altos. Entre os “clientes”, constavam vários policiais militares.
O Coronel Marinaldo de Lima tirou a própria vida porque, segundo a SDS, estava com uma dívida superior a R$ 200 mil.
O oficial também estava devendo dinheiro a um tenente e a um soldado, seu motorista, do 13º BPM, o qual estava comandando há um ano e quatro meses. A Corregedoria abriu sindicância para apurar o crime de agiotagem no batalhão. O tenente envolvido já está sendo investigado e pode ser expulso da corporação.
Desesperado por não estar conseguindo saldar suas dívidas, Marinaldo de Lima teria ido até a Seplag para conversar com o secretário-executivo Bernardo de Almeida. Depois de uma conversa de 40 minutos, cometeu o suicídio.
O corpo do Tenente Coronel foi sepultado no final da manhã desta sexta-feira (11), no Cemitério de Santo Amaro, sob comoção. (Raphael Guerra Wagner Oliveira-Diário de Pernambuco)
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