O inquérito da Operação Narke, deflagrada no último dia 3 contra a comercialização clandestina de toxina botulínica, foi concluído nessa sexta-feira (20). Quarenta e três médicos e proprietários de clínicas médicas e de estética foram indiciados.
Somente em Pernambuco, foram 28; 26 no Recife e os outros dois em Caruaru, no Agreste. Em João Pessoa, foram 9 médicos. Em Patos, também PB, outro profissional foi indiciado. Os outros médicos são das capitais do Rio Grande do Norte (1), do Piauí (3) e de São Paulo (1). Além desses, outros ainda prestarão esclarecimentos.
No entanto, um total de 55 pessoas já foram indiciadas. As demais são quatro empresários de São Paulo e oito comerciantes. Entre os empresários, foram impostas medidas cautelares, como a proibição de sair do Brasil (exceto a um que já estava fora do país). Dos comerciantes, que atuavam no recebimento e na venda dos medicamentos contrabandeados, quatro foram presos.
A Polícia Federal descobriu as duas maneiras pelas quais a mercadoria entrava no Brasil. A primeira era através de empresários que traziam, eles mesmos, em viagens frequentes pelos mesmos itinerários e de “bate e volta”. Já a segunda, era através da introdução da toxina misturando-a a produtos lícitos.
ORIENTAÇÃO – Segundo a PF, os pacientes que forem submetidos à aplicação da toxina botulínica devem pedir ao médico explicações sobre o produto e verificar a embalagem. O medicamento é usado de forma terapêutica, para tratamento de disfunções neurológicas e motoras, e em correções estéticas.
Apenas cinco laboratórios estão autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): Allegan (Botox), Bergamo (Botulift), Galderma (Dysport), Cristalia (Prosigne) e Merz Biolab (Xeomin).
A Polícia Federal apresenta, na manhã desta sexta-feira (27), mais detalhes sobre as conclusões da Operação Narke. (Do NE10)
11H