O Conselho Regional de Medicina (CRM) do Paraná abriu uma sindicância para apurar se houve participação de médicos na gravação e divulgação do vídeo feito no Hospital Universitário de Londrina, em que um homem passa por uma cirurgia para retirada de um peixe, da espécie pirambóia, de dentro do corpo.
O video ganhou forte repercussão através das mídias sociais depois que foi divulgado na internet no Youtube, Twitter e Facebook. Levando a diversos comentários por parte dos usuários e, principalmente, piadas relacionadas a pirambóias.
A intenção, segundo o presidente do CRM-PR, Alexandre Gustavo Bley, é apurar se existe a participação de médicos com registro e não se estende aos alunos. ” A gravação e a fotografia devem ser precedidas com autorização do paciente e sempre com o cuidado de não produzir a identificação do mesmo. A divulgação pode ser feita para fins pedagógicos, em congresso ou em uma aula, por exemplo”, explicou à rádio CBN de Londrina.
Caso fique comprovado a responsabilidade de algum médico na gravação ou distribuição do video o mesmo pode vir a responder por processo ético-administrativo e pode ser punido com uma advertência, suspensão dos trabalhos por 30 dias ou até mesmo a cassação do diploma.
“A sindicância funciona como um inquérito que deve buscar indícios de infração ao código de ética médica. Havendo esses indícios de que o código possa ter sido ferido por parte de médicos, é aberto o processo ético profissional”, ressaltou.
Ele ainda lementou o episódio, principalmente por se tratar de um hospital-escola. “A classe médica fica exposta, muitas vezes o médico nem está envolvido, como já foi observado em outras situações. Um notícia como essa vem a dificultar e manchar a classe. Se for comprovado que eram alunos os responsáveis, eu só tenho a lamentar porque não é uma postura que se espera de um futuro médico”, avaliou.
Para Bley, essa conduta é totalmente reprovável. “Acima de tudo a medicina preza pelo respeito à dignidade humana” acrescentou.
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) também investiga quem teria produzido e divulgado o video através de uma sindicância. E afirmou em nota que é proibido a utilização de aparelhos eletrônicos nos centros cirúrgicos do HU. (De O Diário.com)
Veja o vídeo:
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