Um crime bárbaro chamou a atenção da população de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, na manhã desta quarta-feira (11), quando a Polícia Civil localizou os corpos de duas jovens que estavam desaparecidas. As vítimas foram esquartejadas e enterradas no quintal de uma residência na Rua dos Emboabas, no bairro da Liberdade.
De acordo com o delegado Wesley Fernando, que está à frente das investigações, o crime choca até mesmo quem já está acostumado a enfrentar casos bárbaros. “O estado dos corpos localizados é algo indescritível. Antes de serem enterradas, elas foram cortadas em pedaços e colocadas numa cova com cerca de um metro e meio de profundidade. Uma das jovens foi enterrada, inclusive, com a própria Certidão de Nascimento”, disse ele, lembrando que uma delas estava desaparecida desde o último dia 25 de fevereiro e a outra desde o dia 12 de março.
O CASO Após a notificação do desaparecimento de Giselly Helena da Silva, conhecida como “Geisa dos Panfletos” (desaparecida desde o dia 25 de fevereiro), a polícia começou as investigações referentes ao caso. O que chamou a atenção da polícia é que, mesmo desaparecida, Giselly Helena estaria fazendo compras em lojas da cidade, usando o cartão de crédito, já que as faturas continuaram chegando na residência dos pais.
De posse dessa informação e com a fatura do cartão da vítima, a polícia foi até os estabelecimentos apontados onde as compras haviam sido feitas e, através de gravações das câmeras de segurança desses locais, conseguiu identificar três pessoas envolvidas. Os acusados – Jorge Negromonte, Isabel Pereira e Jéssica Camila que, segundo a polícia, formariam um triângulo amoroso – foram localizados e detidos. Eles negaram participação no crime, mas, na delegacia, Isabel Pereira confessou que, além de utilizar os cartões de crédito da vítima, eles teriam esquartejado a jovem e enterrado no quintal de casa.
“Quando chegamos até a casa, uma criança de apenas cinco anos – filha dos acusados Jéssica e Jorge – mostrou à polícia onde os pais enterravam gente”, disse o delegado. Para a surpresa da polícia, com o início das escavações no quintal da casa, outro corpo também foi localizado na cova. Trata-se de Alexandra da Silva Falcão, 20 anos, que estava desaparecida desde o dia 12 de março de 2012. Quando questionada sobre o motivo que teria levado o trio a matar as jovens, Isabel Pereira desconversou e disse ser guiada por vozes. “Segundo Isabel, eles estariam procurando uma terceira vítima’, finalizou o delegado.
Os três acusados estão na 2ª Delegacia de Garanhuns, prestando depoimento. A polícia ainda não informou para quais unidades prisionais do Estado eles serão encaminhados.
11H