Depois de receberem a informação de que uma mulher iria transportar drogas de São Paulo até a cidade de Ourinhos, a 371 quilômetros da capital, policiais rodoviários (PR) decidiram revistar vários veículos em uma base da PR de Santa Cruz do Rio Pardo.
Em um dos ônibus parados durante a operação eles encontraram um suposto pacote com crack dentro da bolsa da professora Angélica Jesus Batista. A polícia deu voz de prisão à suspeita ainda dentro do veículo e ela foi algemada.
“A policial parou na porta do ônibus e disse ‘encontramos’. Em seguida, ela me algemou”, disse Angélica.”
Mas o que os policiais pensavam ser crack era, na verdade, um tablete de rapadura que Angélica levava de presente para o namorado.
“Eu e minha mãe estivemos na Bahia e trouxemos rapadura, requeijão. Era um presente para minha sogra e meu namorado, mas eles confundiram com a droga”, explica a professora.
Depois da confusão, Angélica foi liberada, e ela registrou boletim de ocorrência por constrangimento. A verdadeira traficante foi presa horas depois em outro ônibus, levando 2 kg de crack.
O delegado seccional de Ourinhos, Amarildo Aparecido Leal, diz que os policiais usaram o procedimento padrão diante da situação, mas que ainda assim o caso será investigado.
“Os policiais são obrigados a agir com cautela, mas o caso vai ser analisado. Foi preciso garantir a segurança dos passageiros do ônibus e do próprio policial”, afirma o delegado.
11H