Os profissionais de medicina com formação no exterior que chegaram ao Brasil essa semana para participar do Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde, tiveram pelo menos uma demonstração de hostilidade através do Facebook nessa terça-feira (27). Um post no Facebook feito pela jornalista potiguar Micheline Borges afirmava que as médicas cubanas têm cara de empregadas domésticas e não têm postura e aparência de médicos. Micheline Borges questionou ainda se os profissionais saberiam lidar com doenças como dengue e febre amarela. Veja o post abaixo:
O post foi compartilhado e repercutido no próprio Facebook e no Twitter. Usuários das redes fizeram publicações pedindo que ela fosse processada, outros fazendo piadas de que o Governo Federal deveria importar jornalistas cubanos e alguns ainda questionaram se médicos como Roger Abdelmassih, envolvido em escândalos no Sudeste, têm a postura de profissional citada por Micheline Borges.
Depois das respostas dos internautas ao caso, a jornalista pediu desculpas, retirou o post e deixou as redes sociais. Os perfis dela no Facebook e no Twitter já não podiam ser encontrados na manhã desta quarta-feira (28).
No dia anterior, médicos cearenses xingaram colegas estrangeiros na sua chegada ao País, em Fortaleza. As atitudes dos brasileiros, entretanto, foram rechaçada por compatriotas, gerando polêmica nas redes sociais.
REGIONALISMO – Um embate regional começou no Twitter após a vitória da presidente Dilma Rousseff, em 2010, quando o Nordeste foi relevante na eleição da petista. A publicação feita pela estudante de direito Mayara Petruso sobre o assunto – “nordestisto não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!” – provocou a sua condenação pela Justiça de São Paulo no ano passado. (NE10)
