“Nos comunicaram a ocorrência de perturbações nas comunicações por rádio e no sistema GPS”, informou a agência. Em outro trecho, a Nasa acrescentou que uma suspensão momentânea das transmissões por rádio obrigou as companhias aéreas a modificar as rotas dos aviões para evitar as regiões polares. “A Nasa se limita a acompanhar a tempestade solar desde a formação até atingir a atmosfera terrestre”.
O fenômeno da tempestade solar começou a ser observado em alguns locais do planeta no último dia 6, mas nessa quinta-feira (8) foi visto de forma mais intensa. Os ventos cósmicos carregados de partículas solares avançavam em grande velocidade – entre 100 quilômetros por segundo e 2.500 quilômetros por segundo – e atingiram a atmosfera terrestre, segundo a Administração dos Oceanos e da Atmosfera norte-americana (Noaa).
Em uma escala de 0 a 5, as previsões eram que a tempestade atingiria o nível 3. De acordo com os especialistas, as previsões se concretizaram devido à intensidade das radiações solares e da força geomagnética. Na quarta-feira (7), a Nasa anunciou que a tempestade solar atingiria os níveis mais elevados.
Porém, a agência espacial não considerou necessário tomar medidas especiais para os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI), que orbita a Terra a 350 quilômetros de altitude. Joseph Kunches, um cientista da Noaa, classificou a tempestade como “uma das mais poderosas desde dezembro de 2006”.
A intensificação das erupções solares é também mais frequente quando o Sol termina um ciclo de atividade para iniciar outro mais ativo, como é o caso desde janeiro de 2008. As tempestades solares observadas há vários séculos provocaram alterações de rotina. Em 1989, em Quebec, no Canadá, a cidade ficou sem energia devido a uma pane no sistema elétrico em decorrência do fenômeno.
Como as anteriores, a tempestade de ontem é suscetível, em função da intensidade magnética, de afetar a distribuição elétrica, o sistema GPS e as comunicações por rádio, bem como o transporte aéreo – que é dependente dessas comunicações. Mais detalhes do fenômeno podem ser obtidos no site da Nasa. (Da Agência Brasil)